Assuma o risco de ser você

Singularidade.
Cada humano é único. Individual. Exclusivo.
Não houve ninguém como você e nunca haverá.

Isso é maravilhoso… E assustador.

Você é livre para ser o que quiser e fazer o que desejar com sua vida, pois ela é única e exclusivamente sua.

Então, por que a maioria de nós não vive a vida em sua plenitude? O que nos impede de aproveitar a liberdade que vem da constatação de que somos donos de nossos próprios narizes?

O Medo.

“A cada ano, um novo medo se adiciona a todos os outros: medo da carne vermelha, da gripe aviária, da aids, do sexo, do tabaco, da velocidade dos carros”, diagnostica Luc Ferry.

Luc Ferry, filósofo francês

O medo é natural e é peça fundamental na constituição do ser humano.

Para aproveitar todo o potencial que há em si, você deve se lançar no desconhecido. Esse fenômeno se popularizou como “sair da zona de conforto” e, geralmente, a abordagem passa por motivação, coragem e força para enfrentar os medos. Sim, essas abordagens tem seu valor, mas gostaria de propor uma abordagem um pouco mais racional baseada em Risco.

O que é risco?

O termo risco vem do italiano rischio, que indica as possíveis consequências negativas ou dano causado por eventos inesperados. O termo tem uma conotação negativa, o que faz sentido, pois estamos habituados a associar risco à algo que deu errado.

No entanto, rischio vem do árabe rizq, que atualmente indica “algo que é cedido a alguém sem lucro” ou “algo que tem utilidade para alguém”. Nota-se que a conotação aqui é neutra. No árabe clássico, o termo tem conotação religiosa e indica a providência divina: “a substância dada por Alá aos humanos”. Em bom português, diríamos que rizq é o “pão nosso de cada dia”.

De fato, até os tempos medievais o termo risco tinha a conotação de incerteza, referindo-se aos ganhos futuros de alguém em especial trabalhadores que dependiam da venda de seus produtos.

Medo de quê?

Fazer-se invencível significa conhecer a si mesmo

Sun Tzu

Só temos medo do futuro.

Óbvio. O passado pode ter deixado marcas, mas apenas o futuro é incerto, por isso o medo. Há risco no futuro. E risco pode ser gerenciado.

A seguir uma ferramenta simples e útil para gestão de riscos. Liste as coisas das quais você tem medo. O que pode dar errado? Qual a chance disso acontecer? Quais as consequências?

Evento de risco (O que pode dar errado?)Probabilidade (Qual a chance disso acontecer?)Impacto (Quais as consequências?)Nível de risco (Probabilidade x Risco)
Tabela de identificação de riscos

Nas colunas de Probabilidade e Impacto dê notas de 1 a 5:

Probabilidade

  1. Muito improvável, quase impossível;
  2. Improvável, mas pode acontecer;
  3. Pouco provável;
  4. Provavelmente vai acontecer;
  5. Quase certo, não se sabe quando acontecerá.

Impacto

  1. Impacto insignificante, quase não se nota;
  2. Relevante, danos perceptíveis, recuperação rápida;
  3. Grave, danos significativos, recuperação requer atenção e cuidado;
  4. Muito grave, danos extremos, recuperação requer muito esforço e recursos materiais ou financeiros;
  5. Desastre, danos irrecuperáveis.

Na coluna “nível de risco” multiplique as notas da probabilidade pelo impacto. O maior resultado aqui indica por onde começar seu plano de enfrentamento aos riscos.

Olhe para o evento com maior nível de risco e pergunte: “Como posso evitar que isso aconteça?” – Prevenir – e “O que devo fazer se isso acontecer?” – Remediar.

Ser único significa que só você sabe quais são medos e quais riscos deve enfrentar. Ninguém viveu as mesmas experiências que você. Ninguém conhece seus medos como você. Cuide da sua vida.

Seja Feliz. Sempre.

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